A hipertermia é a principal causa de fatalidades de bombeiros durante o combate a incêndio.
A hipertermia aparece quando o corpo não consegue mais regular a temperatura interna: a temperatura do corpo aumenta acima dos 37ºC.
O corpo tenta de reestabelecer a temperatura normal do corpo através da geração do suor.
O principal perigo da hipertermia é a formação de coágulos que resultam em ataques cardíacos, e AVC mesmo várias horas depois do esforço.
A hipertermia tem muitos outros impactos, desde exaustão a prejuizo cognitivo, desmaios...
A temperatura do corpo pode aumentar rapidamente, e demorar para abaixar após esforço:
Um estudo de bombeiros da Escócia mostrou que um aumento de apenas 1°C da temperatura do sangue, após apenas 20 minutos de atividade com vestimenta de bombeiro, tornou o sangue mais pegajoso e aumentou em 66% o risco de formar coágulos.
A temperatura se manteve mais elevada durante 4 horas após o esforço
Os coágulos quando bloqueiam a circulação de sangue causam o infarto.
A Respirabilidade é a capacidade de um tecido a permitir a passagem de vapor de uma lado para o outro do tecido.
Qualquer tecido cria uma barreira para o suor atravessar
Se o suor não puder sair da vestimenta, a temperatura do corpo não pode ser regulada normalmente.
Esta barreira é medida pela "Ret" (Resistência evaporativa térmica) exprimida em m².Pa/W e cuja norma de ensaio é a ISO 11092.
É medido a pressão necessária, em Pascal (Pa), para 1 Watt (W) de energia atravessar o tecido de um metro quadrado (m²).
O melhor nível teoricamente seria 0 m².Pa/W, que seria sem nenhum tecido.
Quanto mais baixo o valor da Ret, melhor a respirabilidade e menor o risco de hipertermia
um peso baixo também deve ser privilegiado
Um tecido sem função de impermeabilidade, de camiseta por exemplo, possui geralmente uma Ret < 5 m².Pa/W.
Impermeáveis respirantes com membrana tem aproximadamente níveis de Ret que variam entre 7m².Pa/W e 25 m².Pa/W
A norma ABNT NBR ISO 13688 "Vestimentas de proteção -requisitos gerais" é a norma mãe a ser empregada em complemento de qualquer outra norma de vestimentas.
Ele determina critérios obrigatórios para todas as vestimentas de proteção como inocuidade de tecidos, informações a constar na etiqueta e no manual de usuário, como deve ser descrita os tamanhos da vestimenta ect.
No paragrafo 4.4.2 ele determina:
"Vestimenta de proteção que imponha um esforço ergonômico significativo, tal como estresse
por calor, ou que seja inerentemente desconfortável por causa da necessidade de fornecer uma
proteção adequada, deve ser acompanhada por orientações, avisos e advertências específicas junto
às informações fornecidas pelo fabricante. Orientações específicas devem ser fornecidas sobre a
duração adequada para utilização contínua da vestimenta nas aplicações desejadas."
Ou seja, uma vestimenta que não possui boa respirabilidade, cuja utilização provoca hipertermia deve ser acompanhada de informações sobre o tempo máximo de utilização da vestimenta.
Resumindo, o usuário de uma vestimenta pouco respirante deve ter direito a tempo de reposo (pago) para descansar e sobretudo diminuir o temperatura do corpo.
Em 2017 nos EUA, 53% das fatalidades de bombeiros em operação foram causadas pela hipertermia (Heat-stress).
Estatísticas dos ultimos anos nos EUA:
Participação do estresse térmico no total de fatalidades de bombeiros nos EUA:
Na França, entre 2001 e 2011, as fatalidades de bombeiros em operação por causa de hipertermia são bem menores: 13,73% (fonte: ver paginas 10 e 11)
Qual a diferença entre a roupa americana NFPA 1971 e a roupa europeia EN 469?
A roupa europeia mais leve e mais respirante foca na redução das fatalidades por hipertermia que é visto na Europa como o principal risco, sem deixar a desejar na proteção térmica:
A medição da Ret (resistência evaporativa térmica ISO 11092) ainda não faz parte da norma americana NFPA 1971:2018
Todos nossos complexos são níveis 2 da EN 469, portanto a Ret < 30m2.Pa/W
Nosso destaque é o Fighter 490 com Ret de 11,6 m².Pa/W
Simplesmente a melhor proteção a hipertermia do mercado para combate a incêndio: Fighter 490 da Sofileta
Os bombeiros de Paris fizeram um estudo aprofundado do risco cardíaco em intervenções composto de 3 fases:
- Fase A - 20 minutos: transporte até o local, sem esforço físico mas já vestindo a roupa de combate a incêndio
- Fase B - 10 minutos: instalação dos equipamentos e subida de escadas até o segundo andar, com esforços físicos intensos, sem proximidade do fogo (temperatura exterior 18°C)
- Fase C: ataque ao fogo, esforços físicos moderados, no calor (temperatura do ambiente 65°C)
Observação: estudo realizado com bombeiros jovens com idade entre 18 e 30 anos.
Os seguintes gráficos apresentam a evolução da temperatura corporal (esquerda) e do ritmo cardíaco (direita) durante as 3 fases considerando:
Em verde a vestimenta mais antiga
Em roxo e marrom a vestimenta intermediária
Em azul a vestimenta mais recente
Foi verificado um aumento de temperatura corporal com todas as vestimentas empregadas, mas um menor impacto à medida que a tecnologia evoluiu (menor Ret e menor peso)
A fase B é útil tanto para analisar o caso de todos os usuários de vestimentas impermeáveis:
nesta fase existem exercícios físicos mas não tem influência do calor das chamas porque a preparação dos equipamentos é realizado no ambiente externo (temperatura exterior de 18°C)
Nesta fase B a temperatura do corpo aumenta muito menos com vestimenta moderna respirante.
O ritmo cardíaco aumenta em função do esforço com todas as vestimentas, mas ele diminui mais rapidamente na fase C (menos esforços físicos) utilizando vestimentas mais respirantes.
Venha conhecer em detalhe os complexos de bombeiros mais respirantes do mercado:
http://www.maiorprotecao.com.br/bombeiros
A norma EN343 estípula:
Uma vestimenta sem respirabilidade (classe 1 de respirabilidade) com Ret >40m².Pa/W possui um tempo de utilização limitado pela norma, e consequentemente pela legislação brasileira.
O tempo de utilização máximo depende da temperatura de utilização.
A seguinte tabela deve constar no manual e na etiqueta da vestimenta para informar o usuário do tempo de utilização limitado (em minutos)
Segue a tabela de recomendações de tempo de utilização da norma para cada classe de respirabilidade.
Todos nossos tecidos impermeáveis são classe 3 (Ret<25m².Pa/W) ou classe 4 (Ret <15 m².Pa/W).
Nas versões Premium temos opções com Ret <8m².Pa/W
Nenhum dos nossos tecidos impermeáveis e respirantes possui um tempo de utilização limitado pelo MTE (Ret > 40m².Pa/W)
x: desempenho em impermeabilidade (nível 1 até 4 sendo nível 4 o melhor desempenho)
y: desempenho em respirabilidade (nível 1 até 4 sendo nível 4 o melhor desempenho)